Que as brincadeiras de infância são sempre muito divertidas, provavelmente você já sabe. Mas afinal, qual a importância do brincar para o crescimento do seu filho?

Existem diferentes maneiras de brincar, seja com amigos na escola, com a família ou até mesmo sozinhas, as crianças são beneficiadas em todas elas.

Além de ser reconhecido pela Constituição Federal, o direito de brincar é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

No artigo 16, parágrafo IV, encontramos: “o direito à liberdade compreende os aspectos dentre eles: brincar, praticar esportes e divertir-se”.

Muitos adultos consideram o ato de brincar como uma atividade exclusiva das crianças, afinal, é uma das linguagens pela qual elas conversam.

Porém, é muito importante que os pais ou responsáveis participem desse momento junto dos pequenos para estimular criatividade, aprendizado, bem-estar e muito mais.

Neste post, você vai entender melhor qual a importância do brincar e porquê incentivar diferentes brincadeiras desde a primeira infância. Boa leitura!

Afinal, qual a importância do brincar durante a infância?

É nas brincadeiras que as crianças conhecem um pouco mais de si e experimentam o mundo ao seu redor.

Nessa fase da vida, é comum sair tocando em tudo, se sujar, cair e se levantar, correr, pular, utilizar a imaginação e muito mais.

Mesmo que sejam brincadeiras, tudo isso é uma forma de aprendizado, afinal, não é só dentro da sala de aula que as crianças aprendem.

Isso acontece porque tudo é novidade para os pequenos, ou seja, em qualquer tipo de interação é possível aprender um pouco mais sobre tudo ao redor deles. 

Porém, somente 19% dos brasileiros acreditam que brincar e passear são atividades importantes para as crianças de até 3 anos, segundo pesquisa da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Diante disso, vamos listar alguns motivos para que você conheça qual a importância do brincar durante a infância. 

Veja 9 razões pelas quais as brincadeiras são tão importantes

Desenvolve habilidades motoras

As habilidades motoras, ou seja, a capacidade de dominar o corpo no espaço e usar membros e músculos de maneira mais eficiente, são uma parte importante que pode ser desenvolvida durante atividades divertidas.

Nos momentos de brincadeiras, as crianças desenvolvem músculos importantes em todo o corpo. Algumas atividades, por exemplo, são:

• Correr
• Pular
• Montar blocos
• Desenhar
• Balançar
• Escalar
• Pintar, etc.

Praticamente qualquer atividade de movimento pode ser importante para as crianças. 

Dessa forma, elas desenvolvem habilidades motoras mais brutas ou rebuscadas que evoluem com o tempo e as ajudam a executar tarefas muito necessárias, como aprender a segurar um lápis ou uma colher corretamente, por exemplo.

Conquista da autonomia

O ato de brincar coloca as crianças como protagonistas daquele momento, pois elas criam uma história, determinam as regras a serem seguidas, escolhem os brinquedos e muito mais.

É nessa fase da vida que elas descobrem quais brincadeiras elas preferem, aprendendo um pouco mais sobre si.

Dentro desse cenário, é interessante que a família observe as decisões dos pequenos e auxiliem a impor limites.

Mas é preciso dar o mínimo de liberdade para que eles possam construir a própria realidade, levando em consideração que a brincadeira não prejudicará ninguém.

Dessa forma, além das próprias crianças construírem a sua autonomia, também, sabem se comportar em diferentes cenários, compreendendo limites que respeitam o próximo.

Desenvolve a concentração

Praticamente qualquer atividade infantil vai desenvolver a concentração e em uma brincadeira não é diferente.

Decorar regras, ouvir e agir em situações específicas, escolher jogos de memória e responder perguntas são apenas algumas experiências em que as crianças desenvolvem a concentração.

Além de terem que se concentrar para realizar essas atividades, também estimulam e aceleram o raciocínio na infância, o que ajudará nas próximas fases da vida.

Estimula a criatividade

Uma simples brincadeira de casinha é capaz de estimular a criatividade, uma vez que os pequenos criam diferentes cenários para ambientar uma história.

Bonecos e bonecas viram protagonistas, objetos comuns podem se tornar espadinhas e escudos, um bicho de pelúcia pode ser um dragão e por aí vai.

Independente da brincadeira, as crianças estão pensando constantemente, estimulando a criatividade e aprendendo cada vez mais.

Cria as primeiras noções de viver em sociedade

A infância é a fase em que construímos a base para a vida adulta. Ao brincar com coleguinhas e até mesmo com os pais, as crianças criam as primeiras noções de viver em sociedade.

Respeitar o espaço de cada um, não pegar brinquedos dos amigos sem pedir emprestado, ouvir os mais velhos, aprender a argumentar, considerando a opinião do outro e sem ingressar em conflitos que envolvam agressões físicas são ensinamentos que elas levam para o resto da vida.

Dessa forma, os pequenos começam a entender como é viver em harmonia, respeitando o próximo, trabalhando em equipe e seguindo princípios éticos.

Diversas habilidades sociais são construídas durante as brincadeiras, pois as crianças também precisam traçar estratégias, como onde colocar as peças ou qual papel cada uma irá desempenhar.

Algumas dessas habilidades são:

• Esperar pela vez na brincadeira
• Capacidade de liderança ou de seguir regras específicas
• Empatia, ou seja, aprender a ver o ponto de vista e emoções dos coleguinhas
• Entender quais são os comportamentos aceitáveis ou não
• Aprender sobre regras e comprometimento.

Regula sentimentos e emoções

Brincar nem sempre significa apenas felicidade. Muitas vezes, as crianças se deparam com regras que precisam ser seguidas.

Além da felicidade, é possível que surjam outros sentimentos durante as brincadeiras, como frustração, ansiedade e medo. E isso é normal.

Esse processo é muito importante para que o seu filho consiga regular as suas emoções e aprenda a dominar o que sente.

Ajuda na expressão verbal e corporal

Para as crianças, brincar é uma forma de comunicação. Seja na correria de um esconde-esconde ou no diálogo entre colegas, as expressões verbais e corporais entram em cena.

Estimular a fala em público, como em uma brincadeira de fantoche entre os coleguinhas da sala, ajuda a vencer a timidez, o que pode ser essencial para o futuro.

Afinal, quem nunca sentiu vergonha de apresentar um trabalho no ensino médio ou na faculdade, por exemplo? 

É importante que os professores fiquem atentos à capacidade da criança de se apresentar em público. 

Caso ela tenha dificuldade, a escola deve oferecer outras ferramentas para que possa superar essa barreira.

Desenvolve habilidades matemáticas

A matemática não está apenas nas aulas do ensino fundamental, quando as crianças têm o primeiro contato com os conceitos básicos da matéria.

Através de brincadeiras, as crianças podem ter as primeiras noções da disciplina, como as formas geométricas, números, medidas, quantidade, etc.

Isso acontece porque a matemática está em muitas situações no dia a dia, como dizer a idade, divisão de itens entre os amiguinhos ou proporção numa simples montagem com massinha.

De toda forma, no momento da brincadeira, além do contato com a matemática, as crianças entendem mais sobre números e raciocínio lógico, de maneira geral.

Melhora da saúde física e mental

A melhora da saúde física e mental, para muitos pais, é um dos principais benefícios das brincadeiras.

Afinal, elas são fundamentais para promover ganhos físicos e motores, ajudando a reduzir o sedentarismo e suas complicações, como a obesidade infantil, por exemplo.

As brincadeiras também ajudam na coordenação, agilidade, equilíbrio, noção de espaço e a ter mais força muscular.

Como são atividades divertidas, liberam neurotransmissores que promovem a sensação de bem-estar, diminuindo o estresse e garantindo uma boa saúde mental.

4 dicas para dizer às crianças qual a importância do brincar

Já deu para perceber qual a importância do brincar para as crianças, certo? Porém, muitos pais não conseguem estimular brincadeiras sem a ausência de tecnologia.

Muitos filhos preferem ficar utilizando smartphones para ver vídeos ou para joguinhos. O que não é ruim, pois também é possível aprender com a tecnologia. O problema está justamente na dosagem.

A criança que troca boa parte das brincadeiras do mundo real para ficar apenas no celular deixa de ganhar diversos benefícios, como os que citamos acima, sobretudo a melhora da saúde física e a noção de sociedade.

Por isso, separamos 4 dicas que vão ajudar as crianças a dependerem menos do smartphone para se divertirem, além de entenderem qual a importância do brincar, principalmente ao ar livre. Confira:

Inteligência: Fale que brincadeiras como: caça-palavras, jogo da memória, quebra-cabeças e leitura são fundamentais para torná-lo mais habilidoso em diversos setores de sua vida. 

Abuse da ludicidade, utilize, por exemplo, os personagens favoritos da criança como estímulo. Exemplo: Se seu filho ou filha gosta de super-heróis, diga que ao brincar ao ar livre, ele ficará tão forte quanto o Homem-Aranha ou ela como a Mulher-Maravilha, por exemplo.

Saúde dos olhos: procure explicar que ficar muito tempo no celular pode prejudicar a visão, aumentando as chances de ter que usar óculos, por exemplo.

Amizade: tente fazer a criança entender que é muito mais fácil fazer novos amiguinhos participando de atividades coletivas. 

Além disso, os pais também podem ampliar o repertório de brincadeiras, disponibilizando mais brinquedos, tabuleiros, atividades de artes e proporcionando experiências, como: viagens e passeios que fortaleçam o vínculo familiar. 

Brincadeiras que potencializam o desenvolvimento infantil

Algumas brincadeiras também podem reforçar o desenvolvimento das crianças, confira:

Pinturas e desenhos

Pinturas e desenhos auxiliam no desenvolvimento das habilidades de escrita, além da expressão artística. Da mesma forma, incentivam a percepção sensorial e facilitam o aprendizado sobre as cores primárias e secundárias.  

Brincadeiras com atividades físicas

As brincadeiras que envolvem muito movimento, noção de espaço físico e autoconfiança são essenciais. Algumas dessas brincadeiras podem ser pique-esconde, pular corda, corrida, bandeirinha, estátua, dentre outras.

Brincadeiras para o raciocínio lógico

Já outras brincadeiras incentivam as crianças a pensarem sobre coordenação, desenvolvimento espacial e até raciocínio lógico para a resolução de problemas. 

Essas brincadeiras podem ser: quebra-cabeça, jogo da memória, LEGO, pega varetas, torre de madeira, encaixe e mais.

Linguagem e alfabetização

Certas brincadeiras ajudam a desenvolver as habilidades de linguagem e a começar a alfabetização, por exemplo, conhecendo letras ou a matemática. 

Isso pode ser conseguido por meio da música, canto, dança, matemática, bloco de construção, massinha, culinária, memória, etc.

Fantasias e faz de conta

Brincar de faz de conta e fantasia também ajudam a desenvolver a imaginação da criança. 

Elas podem atuar, experimentar roupas, inventar histórias e deixar a imaginação correr solta. Essas brincadeiras também podem ajudar no desenvolvimento da autoestima, identidade, compreensão de outras realidades, ter mais interação social e vivências diferentes sem sair do seu contexto.

O papel da escola

A escola é um dos espaços mais importantes para exercer o ato de brincar. Além de oferecer uma boa educação, também é na escola que as crianças vivem diferentes experiências.

Atividades fora da sala de aula são fundamentais para o aprendizado infantil no contexto educacional, portanto, as escolas devem adotar elas em seu programa de ensino.

Como falamos no início do post, brincar é um direito das crianças garantido por lei. Portanto, mais ainda que oferecer estruturas para brincadeiras, as instituições de ensino devem investir em constante formação de professores, a fim de que os mesmos estejam aptos a proporcionar momentos em que o brincar seja utilizado como instrumento de aprendizado.

O papel do educador dentro desse contexto é observar as brincadeiras, as atitudes e as falas das crianças, bem como preparar o espaço para que seja um local seguro e aberto a diferentes ideias. 

Ou seja, é fundamental que os professores estejam sempre presentes para mediar situações e estimular novas descobertas, principalmente na primeira infância (até os 5 anos de idade).

Joviniano Barreto: ir além da educação 

Aqui, no Colégio Monsenhor Joviniano Barreto, utilizamos as práticas sociointeracionistas para o melhor desenvolvimento dos nossos alunos.

A nossa proposta curricular da Educação Infantil é baseada em 7 objetivos. Confira:

1. Estimular a socialização das crianças, fazendo com que ampliem cada vez mais as relações de amizade, afeto, trabalhando as diferenças e respeitando ao próximo
2. Desenvolver o espírito coletivo
3. Introdução artística, através da musicalização, artes plásticas e dança
4. Formação de caráter
5. Trabalhar a autoestima da criança, fazendo com que se torne cada vez mais independente e confiante, capaz de perceber suas habilidades e limitações
6. Desenvolver a expressão verbal e escrita
7. Estimular a busca pelo conhecimento.

Dessa forma, as crianças são introduzidas mais rapidamente ao conceito de sociedade e bem comum por meio das trocas e interações sociais.

O principal objetivo dessa abordagem educacional é aprimorar o senso de cidadania para conquistar um amadurecimento das responsabilidades sociais antes mesmo de sair da escola.

Se você tem alguma dúvida em como escolher qual é o melhor colégio para o seu filho, nós separamos 11 perguntas que você deve fazer antes de matricular seu filho na escola. Clique aqui e confira!

Colégio Monsenhor Joviniano Barreto: mais do que educar alunos, contribuindo para a formação de grandes pessoas.