As habilidades socioemocionais são muito importantes para que as crianças saibam respeitar as diferenças, gerenciar as emoções e melhorar o aprendizado.  

Além disso, a forma como se relacionarão com outras pessoas e seus próprios sentimentos e emoções serão trabalhados através dela.

Saiba quais são essas habilidades socioemocionais e veja 5 dicas para ajudar a desenvolver em crianças e adolescentes.

Afinal, o que são habilidades socioemocionais?

As habilidades socioemocionais são aptidões que vão além da capacidade cognitiva, ou seja, além da inteligência convencional, como memoria, raciocínio lógico ou associação.

Ela envolve aspectos psicológicos e emocionais e são desenvolvidas conforme a inteligência emocional do indivíduo.

Essas competências estão relacionadas a autorregulação, autoavaliação, autoconfiança e ao autoconhecimento, conquistadas a partir da capacidade de entender e administrar sentimentos e emoções.

Habilidades socioemocionais na BNCC

Embora necessárias desde sempre, as habilidades socioemocionais passaram a ter mais visibilidade quando a Base Nacional Comum Curricular foi aprovada em 2017, com a intenção de formar integralmente os alunos, indo além dos conteúdos.

Afinal, essas competências são tão importantes hoje em dia quanto a capacidade de saber matemática ou português.

Por que incluir na base curricular?

A intenção de incluir as competências socioemocionais é fazer com que os alunos sejam aptos a ter autonomia emocional, respeitar e expressar suas emoções e sentimentos.

Ademais de entender quais são as regras do convívio social e respeitá-las, mas também se mostrar solidário ao outro.

Além disso, os alunos precisam ter a capacidade de criar relações, atuar em um grupo de maneira funcional e respeitar as diversidades. 

Quais são as principais habilidades socioemocionais?

Ainda para explicar as habilidades socioemocionais, separamos alguns exemplos:

• Empatia
• Autoestima
• Autoconhecimento
• Confiança
• Criatividade
• Ética
• Paciência
• Autonomia
• Responsabilidade e
• Pensamento crítico

5 dicas para ajudar crianças e adolescentes a desenvolver essas habilidades

Promova resiliência

A resiliência é a capacidade de recuperar-se após passar por problemas ou mudanças. Ser resiliente é aprender a enfrentar as adversidades sem deixar que estas afetem permanentemente.

Assim, quando a criança ou o adolescente sofrer por uma perda, situação desagradável ou estresse, ela se recuperará sem grandes problemas.

Desta forma, é importante que os pais ajudem os filhos no desenvolvimento da resiliência. Para isso, veja algumas dicas:

• Aposte sempre no diálogo
• Elabore uma rotina
• Dê exemplo, afinal, as crianças aprendem por meio deles
• Ensine sobre objetivos
• Incentive a independência e autonomia

Estimule o contato com a arte

A arte possui uma função muito importante no desenvolvimento de habilidades em crianças, sejam cognitivas, motoras ou socioemocionais.

Isso acontece porque é uma ótima forma de conectar-se com o mundo ao redor. Dessa forma a criança pode expressar sua individualidade, mas também desenvolver o lado emotivo através da pintura, do desenho e até mesmo das massinhas.

Coloque a autonomia em prática

A autonomia é muito importante para o desenvolvimento saudável, assim como a capacidade de lidar com sentimentos e conflitos. Ela enriquece repertorio, trabalha relacionamentos interpessoais e amplia a forma de enxergar o mundo.

Por essas razões, é muito importante incentivá-la nas crianças. Para isso, os pais precisam exercer o papel de ajuda e não de solucionador, deixando que a criança pense sobre como resolver seus problemas e apenas oferecer apoio.

Além disso, é preciso dar mais liberdade para que a criança seja mais autônoma e até conceder mais responsabilidades em casa.

Cultura maker

A cultura maker é um movimento que vem ganhando força por trazer o conceito de colocar as ideias em prática. Com ela os indivíduos podem aprender a projetar ou consertar, entender as funcionalidades e construções dos mais diversos itens.

Assim, também podem colaborar com a criação de ferramentas, tecnologias e processos que contribuem com a sociedade trazendo sua visão de mundo.

Com a cultura maker as crianças também podem, além de trazer sua imaginação para a realidade, conseguir ser um indivíduo ativo no mundo, sem deixar de aplicar os conhecimentos no dia a dia.

Para colocar em prática, basta colocar o “fazer” em ação. Dar tarefas simples, como construir lego, desenhar ou projetar algo já está dentro dessa cultura maker.

Literatura

Por meio da literatura as crianças podem ter contato com as emoções dos personagens, ajudando a desenvolver a empatia, ao tentar entender o que o podem estar sentindo ou pensando. No entanto, além disso, podem perceber outras visões de mundo, pontos de vista e até outras culturas. Por isso, o incentivo a literatura é um hábito muito importante desde a infância.

Além de colocar a leitura em prática, é importante acompanhar e encorajar a se colocar no lugar do personagem, perguntar como ela se sentiria no lugar dele e até perguntar se já aconteceu algo parecido com ela.

Isso ajuda a criança a pensar por outra perspectiva, além da de expectador.

Vínculo familiar forte

Fica difícil manter-se emocionalmente forte quando não se tem boas relações familiares, afinal, elas são a base.

Isso pode ser reforçado com tempo de qualidade passados juntos, diálogo, compreensão e afeto. Com isso as crianças entenderão que podem contar sempre com a família, visto que estão abertos a entender os mais diversos sentimentos.

Como a escola pode ajudar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais?

A escola possui um papel fundamental no desenvolvimento das habilidades socioemocionais, afinal, normalmente é um dos primeiros locais onde as crianças iniciam o contato com pessoas externas a família.

Embora a escola seja um local de desenvolvimento de habilidades importantes para o contato com o outro, também ajuda a compor as bases das habilidades individuais, incluindo as socioemocionais.

A escola pode conduzir isso estimulando tudo que trouxemos acima de dicas para os pais, mas também em outros aspectos, por exemplo:

• Promovendo o autoconhecimento
• Estimulando a autonomia
• Promovendo atividades em equipe, pois ajudam a desenvolver a colaboração e autoestima
• Gerindo conflitos naturais do dia a dia das crianças e adolescentes
• Possuindo educadores capacitados para agir no desenvolvimento de habilidades socioemocionais
• Acolhendo os alunos e pais ouvindo suas opiniões e sugestões

Por essas e outras razões, a escola possui um papel de apoio e de base no desenvolvimento dessas competências.

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